UNDIME/MT

15 fevereiro, 2023

Pesquisa sobre a educação básica brasileira revela uma retomada de patamares observados antes da pandemia. Número de matrículas subiu 1,5% no último ano

O Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgaram, nesta quarta-feira, 8 de fevereiro, os resultados finais da primeira etapa do Censo Escolar 2022. A pesquisa estatística revela aumento no número de matrículas na maioria das etapas de ensino, com retomada aos patamares observados até antes da pandemia de covid-19. Ao todo, foram registrados 47,4 milhões de estudantes, considerando toda a educação básica, em suas 178,3 mil escolas. De 2021 para 2022, são 714 mil alunos a mais (um incremento de 1,5%). As escolas privadas tiveram uma expansão de 10,6% nas matrículas, no período, o que as aproxima do nível observado em 2019 (antes da pandemia) – a queda mais significativa durante a crise sanitária foi justamente nessa rede de ensino.

A divulgação dos resultados ocorreu em coletiva de imprensa, na sede do Inep, em Brasília (DF), e contou com as presenças do ministro da Educação, Camilo Santana; do presidente da Autarquia, Manuel Palácios; e do diretor de Estatísticas Educacionais do Instituto, Carlos Eduardo Moreno. A secretária-executiva do MEC, Izolda Cela; as secretárias de Educação Básica e de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão, Kátia Schweickardt e Zara Figueiredo, respectivamente; e o secretário de Articulação com os Sistemas de Ensino do ministério também estiveram presentes.
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Escolas estão recebendo ligações sob alegação de atualizar informações para a pesquisa. Inep alerta que se trata de fraude usando o nome do Instituto

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) esclarece que não solicita dados pessoais de usuários do Sistema Educacenso, estudantes ou profissionais escolares, por meio de ligações telefônicas e nem por e-mail. Algumas escolas relataram ao Instituto terem recebido ligações em nome da Autarquia, sob o argumento de uma suposta atualização referente ao Censo Escolar 2022.

O Inep reitera que a única forma de coleta de dados pessoais relacionados à pesquisa estatística ocorre por meio da declaração no Sistema Educacenso. Os dados são sigilosos e utilizados estritamente para fins estatísticos. Nesse sentido, o Instituto orienta que as ligações ou e-mails recebidos sejam denunciados às autoridades locais e comunicados ao Instituto de Defesa do Consumidor (Procon).

Educacenso – Sistema de levantamento de dados do Censo Escolar que utiliza ferramentas web para coleta, organização, transmissão e disseminação dos dados censitários, mediante o cruzamento de informações de cinco formulários: escola, turma, aluno, gestor e profissional escolar em sala de aula. O sistema possui funcionalidades que permitem avaliar, em tempo real, a consistência das informações declaradas. Além disso, permite a disponibilização de relatórios com informações consolidadas da escola que possibilitam a verificação e a análise dos dados.

Censo Escolar – Principal pesquisa estatística da educação básica, é coordenado pelo Inep e realizado, em regime de colaboração entre as secretarias estaduais e municipais de Educação, com a participação de todas as escolas públicas e privadas do País. O levantamento abrange as diferentes etapas e modalidades da educação básica: ensino regular, educação especial, educação de jovens e adultos (EJA) e educação profissional. A pesquisa coleta dados com base nos documentos administrativos das escolas e redes de ensino, por meio do Sistema Educacenso.


Fonte/Foto: Inep

 

Segundo a instituição, é preciso reduzir o fosso da desigualdade


Depois de um período agudo da pandemia de covid-19 que "ampliou o fosso da desigualdade" no acesso às creches e pré-escolas, o presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Luiz Miguel Garcia, vê como positivo o aumento de matrículas apontado no último Censo Escolar, divulgado hoje (8). Dirigente Municipal de Educação da cidade de Sud Mennucci, em São Paulo, Garcia pondera, no entanto, que é preciso garantir que essa retomada reduza disparidades e garanta vagas de qualidade.

"O retorno do número de matrículas é muito animador, positivo e desafiador e mostra que a educação continua sendo uma preocupação das famílias em todos os estratos sociais. O que a gente precisa é diminuir esse fosso de desigualdade e garantir que famílias de crianças pretas, pobres e periféricas tenham acesso à creche, e que esse acesso seja próximo a suas residências, respeitando a sua cultura e respeitando as condições físicas de uma criança, que não pode ter um deslocamento tão grande que a deixe cansada e debilitada."

Garcia avalia que o Brasil passou um longo período sem uma política efetiva e criteriosa de geração de vagas em creches, e o governo federal agora precisa apoiar a geração de vagas próximas às famílias mais vulneráveis, uma vez que as desigualdades foram agravadas pela pandemia de covid-19. Esse acirramento, aponta ele, tem a ver com o aumento da informalidade no mercado de trabalho.

"O trabalho informal não permite planejamento e organização, o que implica na quebra da rotina da criança e, para o aprendizado infantil, é muito importante", explica. "Mesmo havendo vagas, muitas vezes ela não consegue levar a criança até a escola. E esse movimento acaba fazendo com que a criança acompanhe e vá ao trabalho com a mãe na rua, em trabalhos domésticos que permitem, e ficando fora da escola. Essa é uma forma de exclusão".

Pré-escola

Uma pesquisa realizada pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Undime (saiba mais aqui) mostrou que, em 2019, a frequência escolar na pré-escola de crianças brancas e amarelas chegava a 93,5%, enquanto a de pretas, pardas e indígenas era de 91,9%. As crianças pobres também eram mais desfavorecidas: a frequência delas era de 92%, enquanto, nas outras faixas de renda, a média era de 94,8%.

Fatores que indicam vulnerabilidade social da mãe também afetam a frequência escolar na pré-escola, segundo a pesquisa: filhos de mulheres que se tornaram mães com menos de 20 anos, menos escolarizadas e com trabalhos informais têm menor frequência na pré-escola, em média.

Para a CEO da Fundação, Mariana Luz, "isso indica que o problema não é exclusivo no acesso à educação, mas é também de emancipação das mulheres e dos negros, além da quebra de ciclos intergeracionais de pobreza".

Retomada

O Censo Escolar de 2022 mostra que as matrículas em creches, que haviam recuado entre 2019 e 2021, cresceram no ano passado. Em comparação com o ano anterior, o aumento foi de 8,9% na rede pública e de 29,9% na rede privada de ensino, ultrapassando os índices observados no período pré-pandemia em ambas as redes. Também houve aumento na pré-escola, e, na educação básica como um todo, foram registrados 47,4 milhões de estudantes – 714 mil alunos a mais que em 2021.

As entidades responsáveis pela pesquisa sobre desigualdade no acesso à pré-escola apontam que os gestores municipais devem planejar a expansão de vagas, com especial atenção aos públicos mais vulneráveis identificados neste estudo; identificar e localizar as crianças que não estão matriculadas na pré-escola, utilizando estratégias como a busca ativa escolar; e sensibilizar as famílias para a importância da Educação Infantil;

Também são consideradas necessárias ações intersetoriais, integrando saúde, assistência social e educação na promoção do direito à pré-escola. Os gestores devem ainda buscar apoio de políticas estaduais e federais.

Ao divulgar a pesquisa, a Oficial de Primeira Infância do UNICEF no Brasil, Maíra Souza, reforçou que crianças pretas e pobres são historicamente mais vulnerabilizadas no Brasil.

"As crianças pretas e pobres que não frequentam a pré-escola têm menos acesso a estímulos, interações, alimentação e segurança. Isso pode comprometer o desenvolvimento, impactar a progressão e a transição para as etapas de ensino sequentes, além de reproduzir desigualdades que atrasam o nosso país".

Fonte: Agência Brasil

Inscrições devem ser realizadas exclusivamente pelas escolas até 17 de março


Estão abertas as inscrições para a 18ª edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). Promovida pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), a competição científica reúne todos os anos mais de 18 milhões de estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio. Instituições públicas municipais, estaduais, federais e privadas podem participar. As inscrições devem ser realizadas exclusivamente pelas escolas e o prazo vai até 17 de março. Clique aqui!

A novidade deste ano é o aumento no número de premiações. Além de 8,4 mil medalhas de ouro, prata ou bronze oferecidas em todo o país, serão distribuídas pelo menos outras 20,5 mil medalhas a nível regional. A olimpíada vai conceder ainda o dobro de medalhas para escolas privadas, com o objetivo de incentivar a participação de mais instituições.

“Com a criação das medalhas regionais, aumentamos consideravelmente o número de premiados em todo Brasil, o que estimula ainda mais os alunos. Aumentamos também o número de medalhistas de escolas privadas”, disse Claudio Landim, diretor-adjunto do IMPA e coordenador-geral da OBMEP.

A nível nacional, serão distribuídas 650 medalhas de ouro, 1.950 de prata e 5.850 bronzes aos participantes de unidades públicas e particulares. Os alunos que conquistarem medalhas nacionais são convidados a participar do Programa de Iniciação Científica Jr. (PIC) como incentivo e promoção do desenvolvimento acadêmico.

Os melhores colocados de cada região também serão premiados. A organização vai oferecer no mínimo 20,5 mil medalhas. O número será calculado de acordo com o desempenho de cada unidade federativa. A premiação regional será de responsabilidade de cada coordenação e não permite acesso ao PIC.

Como se inscrever

A inscrição deve ser realizada pelas escolas. Para isso, é necessário preencher a ficha disponível no site da OBMEP, informar o código MEC/INEP e criar uma senha. No regulamento, os representantes das escolas vão encontrar todas as informações sobre condições, prazos, datas e regras previstas para participação na OBMEP. Clique aqui para acessar o regulamento.

A olimpíada ocorre em duas fases, sendo a primeira composta por uma prova objetiva de 20 questões e a segunda por uma prova discursiva de 6 questões. A 1ª fase da OBMEP será realizada em 30 de maio e os classificados para a próxima etapa realizarão a prova da 2ª fase em 7 de outubro.

As provas são preparadas de acordo com o grau de escolaridade do aluno: Nível 1 (6º e 7º anos), Nível 2 (8º e 9º anos) e Nível 3 (Ensino Médio).

A divulgação dos aprovados para a segunda etapa será em 2 de agosto e a divulgação dos premiados em 20 de dezembro.

Sobre a Olimpíada

Criada pelo IMPA em 2005 e realizada com apoio da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), a competição é promovida com recursos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Ministério da Educação (MEC).

A OBMEP contribui para estimular o estudo da matemática no Brasil, identificar jovens talentosos e promover a inclusão social por meio da difusão do conhecimento. Além disso, a olimpíada busca melhorar a qualidade da educação básica, possibilitando que um maior número de alunos brasileiros possa ter acesso a material didático de qualidade.

A 17ª OBMEP contou com 18,1 milhões de participantes e atingiu 54 mil escolas, em 99,78% dos municípios brasileiros

Fonte: OBMEP com adaptações


Gestores escolares devem declarar os dados referentes à Situação do Aluno, no período de 1º de fevereiro a 17 de março, pelo Sistema Educacenso


O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) começou, nesta quarta-feira, 1º de fevereiro, a coleta de dados da segunda etapa do Censo Escolar 2022 – Situação do Aluno. Nessa fase da pesquisa estatística, os gestores dos estabelecimentos de ensino devem declarar, no Sistema Educacenso, as informações referentes ao rendimento e ao movimento dos alunos ao final do ano letivo de 2022, desde que tenham sido declaradas na primeira etapa da pesquisa estatística – Matrícula Inicial. A coleta de dados vai até 17 de março.

O rendimento do aluno consiste nas informações referentes à condição de aprovado ou reprovado. Já os dados sobre movimento englobam as seguintes situações: transferido, deixou de frequentar ou falecido. Dessa forma, todas as escolas do Brasil deverão preencher as informações sobre o alcance ou não dos requisitos de aproveitamento escolar e de frequência dos estudantes declarados na primeira etapa do Censo Escolar 2022.

Resultados – O Inep divulgará os resultados preliminares da segunda etapa da pesquisa estatística no dia 4 de abril, no Sistema Educacenso. Os dados finais do Censo Escolar 2022 serão publicados em 19 de maio.

Censo Escolar – Principal pesquisa estatística da educação básica, o Censo Escolar é coordenado pelo Inep e realizado, em regime de colaboração, entre as secretarias estaduais e municipais de Educação, com a participação de todas as escolas públicas e privadas do País. O levantamento abrange as diferentes etapas e modalidades da educação básica: ensino regular, educação especial, educação de jovens e adultos (EJA) e educação profissional.

As matrículas e os dados escolares coletados servem de base para o repasse de recursos do governo federal e para o planejamento e a divulgação de dados das avaliações educacionais realizadas pelo Inep. O Censo Escolar também é uma ferramenta fundamental para que os atores educacionais possam compreender a situação educacional do Brasil, das unidades federativas e dos municípios, bem como das escolas, permitindo acompanhar a efetividade das políticas públicas.

Essa compreensão é proporcionada por meio de um conjunto amplo de indicadores que possibilitam monitorar o desenvolvimento da educação brasileira, como o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (ldeb), as taxas de rendimento e de fluxo escolar, a distorção idade-série, entre outros. Todos são calculados com base nos dados do Censo Escolar e parte deles servem de referência para as metas do Plano Nacional da Educação (PNE).




Fonte: Inep

03 fevereiro, 2023


 A Undime-MT, torna público o Edital 001/2023 de Convocação de Empresas Expositoras para o 16.° Fórum Estadual Ordinário que acontecerá de 21 a 23 de março, com o tema: Uma breve reflexão sobre a capacidade financeira da secretaria e a implementação de políticas públicas educacionais na rede municipal de Mato Grosso.


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